O interesse de Cézanne em descobrir as formas geométricas subjacentes à aparência das coisas e de conferir ordem a arranjos pintados, fez dele um soberbo pintor de naturezas mortas.
Paul Cézanne afirmou: “Quero impressionar Paris com uma maça”. Esta frase sugere sua visão da arte. O processo pelo qual ele criou suas obras primas começava a partir da sensação da realidade através da cor e das emoções subjetivas para chegar à construção geométrica da natureza.
Cézanne não utilizava a perspectiva tradicional, pois desenvolveu uma nova técnica de representação de objetos, mas sua disposição de cores e formas sobre a superfície do quadro, tal qual as vê o pintor com seus próprios olhos. Para compor suas telas, ele procurava sempre evitar qualquer impressão de artifício. Não estava interessado em produzir uma ilusão perfeita. Por isso, chegava a utilizar alguns acessórios, como tacos de madeira e livros, que ajudavam os objetos a permanecer em uma posição determinada. Para sua concepção de natureza-morta, o pano branco, que muitas vezes aparece em seus quadros, dá um certo ar solene à pintura.
“Não há quadro claro ou escuro, apenas relações de cor.”
Esta máxima de Cézanne parece aplicada a este quadro, onde a estrutura e a geometria são criadas com ajuda de contrastes de cor.
O pintor enfatizava o volume dos objetos com a rigorosa elaboração da forma e os definia com simplificação dos contornos. Arranjados com cuidado, os diferentes elementos dão energia ao conjunto.
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