Alberto da Veiga Guignard foi um verdadeiro mestre das artes. Ele foi pintor, ilustrador, desenhista e professor. Sua vida e obra o tornaram famoso como o pintor dos sonhos, da poesia e da fantasia. O pintor das paisagens ‘imaginantes’.
Guignard amava as paisagens mineiras e preocupava-se muito em pintar a emoção com cores suaves.
O artista não se preocupava na mera representação da realidade, pintando a emoção que sentia diante da beleza do lugar. Muitas vezes, a paisagem surgia de sua imaginação. Pintou a paz, a suavidade, a cultura e os espaços das paisagens brasileiras.
Muitos artistas modernos trabalharam o registro gráfico associado ao pictórico, disso não resta dúvida. Mas em que outro pintor esse abismo formal foi tão explicitamente enfatizado? A unidade em sua pintura, brota desse contraste – que encontra, nas suas derradeiras paisagens, a expressão mais radical. Nelas, em meio a um mar de névoa translúcida, definem-se os sucessivos planos da serra, com sua geografia envolvente. Aí, diminutas igrejinhas e frágeis balões surgem como pontos materialmente circunscritos, focados, definidos – resultado da ação humana, remetem à ideia de cultura, de história, revestindo essas cenas de poderosa carga simbólica.
O que norteava seu fazer? Uma profunda identificação com a vida local, filtro de mediação entre sua sensibilidade e o universo. Minas Gerais constituiu, assim, a “medida de todas as coisas” da utopia lírica Guignardiana.
As cores suaves e nuvens nos dá a sensação de infinito…
VÍDEO: Paisagens Imaginantes, de Guignard (Créditos: cibsig)